quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Super Sentai - parte I

Lembra daqueles seriados japoneses com heróis coloridos  usando roupas de mergulhador e capacete de motoqueiros? No Japão eles tem um nome: Super Sentai. O termo japonês sentai, de origem militar, significa "esquadrão" e, em japonês, sua escrita é composta por dois ideogramas: 戦 "sen" (guerra) e 隊 "tai" (grupo). O criador da franquia foi o quadrinista  Shôtarô Ishinomori (criador do Kamen Rider, Machine Man, Patrine entre outros). Para muita gente a história dos Super Sentai começou com  Changeman e tudo que veio depois foi cópia. Para outros nada existe além de Power Rangers.  A história é bem mais antiga...






                                                             Goranger (1975)

A primeira do gênero. Se tornou um sucesso imediato tendo 86 episódios.






Battle Fever J (1979)

Esta foi a primeira série a ter um robô gigante:

Esquadrão Eletrônico Denjiman (1980)


Sun Vulcan (1981)



Google V (1982)
 Este foi exibido no Brasil originalmente na TV Bandeirantes pelos idos de 1990. Muitos achavam que era uma cópia mal feita de Changeman.



Dynaman (1983)





Bioman (1984)






Esquadrão Relâmpago Changeman (1985)

Primeiro do gênero exibido no Brasil na extinta TV Manchete. Se tornou ao lado de Jaspion, um sucesso estrondoso e a maior audiência da emissora naqueles tempos. Abril nosso mercado para um infinidade de séries do gênero. 

Comando Estelar Flashman (1986)


Foi a primeira a presentar mais de um robô gigante por equipe.



 Maskman (1987)






 Liveman (1988)







Turboranger (1989)




Esquadrão Terrestre Fiveman (1990)



Até hoje as séries são produzidas no Japão, mas por um contrato com a produtora norte americana Saban desde 1993 os seriados são adaptados para a série americana Power Rangers onde preservam as cenas originais de luta feitas no Japão e trocam os atores japoneses por estadunidenses. Em breve mais Super Sentais.




domingo, 22 de janeiro de 2012

Dica de filme: A Música Segundo Tom Jobim

Como o próprio filme sugere, dispensa qualquer comentário. Corra e vá ao cinema. Fará com certeza uma autêntica experiência cinematográfica.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Momento Nostalgia: Pagode anos 1990

Parece que foi ontem... A moda dos óculos na cabeça, a dança da vassoura, domínio total nas rádios e programas de TV de todo o Brasil e discos, milhões de discos vendidos. Alguns ainda existem até hoje, outros ensaiam retorno e há aqueles que caíram no esquecimento total. Gostando ou não uma coisa é certa:  Para toda uma geração os grupos de pagode vindos noa anos 1990 foram o primeiro contato com o mundo da música e inspiraram muitos a seguir esse caminho como profissão. Hoje suas roupas e coreografias soam ridículas mas na época foi uma verdadeira febre e todos queriam copiar seus estilos. Uns com mais qualidade, outros nem tanto. Viaje no tempo a partir  de agora!!!






Só Preto Sem Preconceito


Na verdade eles surgiram ainda nos anos mas emplacaram vários sucessos nos anos 1990. Quem não lembra de "Quem Tá Duro reza pra chover" ? 






Ginga Pura






                                                                       Grupo Raça 









Negritude Junior 

Um dos grupos de maior sucesso e até hoje é lembrado por sucessos como Absoluta, Pagode na COHAB entre outros. 







Soweto


Muitos fãs do Belo nem sabem (ou não lembram) que ele foi vocalista desse grupo que alcançou grande sucesso até sua saída para carreira solo. 



Ronaldo e os Barcelos


Alguém lembra de alguma música deles que não seja Feliz Aniversário?


Grupo Molejo




Exaltasamba



                                                                      Art Popular 





Karametade




                                             Katinguelê






Grupo Malícia 




Só Pra Contrariar 




Um dos grupos de maior sucesso nos anos 1990. Se primeiro hit foi "A Barata", seguido de Domingo, Nunca Mais te Machucar, Amor Verdadeiro entre tantos outros. Por muito tempo teve o record de disco mais vendido do Brasil com 3 milhões de cópias. 


Raça Negra


Reinou absoluto durante a maior parte dos anos 1990 abrindo o mercado fonográfico brasileiro para o "pagode romântico." Serviu de inspiração para a maioria dos grupos que vieram posteriormente naquela década. 










Homenagem ao João Cândido, o "Almirante Negro

Passando nesta quarta pela Cinelândia me deparei com um espetáculo em homenagem ao João Cândido, o Almirante Negro," líder da Revolta da Chibata. Não sei quem organizou mas como a iniciativa é bacana aqui as fotos e um pequeno trecho do trabalho.










quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu sei, mas não devia (Marina Colasanti)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.


A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.


A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 


A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.


A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.


A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.


A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.


A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Metal Heroes

Sabe aqueles heróis japoneses que lutavam usando armaduras? Dentro dos Tokusatus (seriados japoneses) eles pertencem a um gênero chamado Metal Heroes. O mais famoso por aqui foi o Jaspion, exibido nos anos 1980 na extinta TV Manchete, mas antes e depois dele vários outros lutaram contra monstros de borracha fazendo a alegria não só da criançada como de alguns adultos. Confira abaixo alguns deles. Alguns exibidos no Brasil e outros permanecem inéditos.




                                                                       Gaban


Lançado no Japão em 1982 foi o precursor do gênero de heróis trajando armaduras de metal. Alcançou grande sucesso nos países onde foi exibido, mas no Brasil foi visto por muitos como uma cópia barata do Jaspion por ter sido exibido posteriormente. Foi exibido por aqui originalmente nas madrugadas da Rede Globo com o título de Space Cop Gaban.

Sharivan 


Como Gaban foi um grande sucesso a Toei Company produziu uma continuação: O policial do Espaço Sharivan de 1983. Foi exibida no Brasil em 1990 na bandeirantes e posteriormente na Record.


                                                                           
                                                Shaider
Lançada no Japão em 1984 Shaider fecha a trilogia dos Policiais do Espaço, mas apesar do visual mais elaborado e de melhores efeitos, não agradou ao público. O gênero já estava desgastado e a Toei resolveu dar uma reformulada na série seguinte que veio a ser Jaspion.


                                                  O Fantástico Jaspion 

Ele se tornou sinônimo de herói japonês aqui no Brasil e até hoje é lembrado pelos fãs. Por ter sido o primeiro do gênero exibido no Brasil, muitos acreditam ter siso o precursor de todas as séries japonesas. A história do jovem de uma galáxia distante que vinha ao palneta Terra em busca do Pássaro Dourado para derrotar o terrível Satã Goss cativou toda uma geração. O curioso é que o único país onde a série alcançou sucesso estronsoso foi o Brasil, pois no Japão e fora o gênero já estava desgastado. Graças a Jaspion uma avalanche de seriados japoneses chegaram ao Brasil entre os anos 1980 e meados dos 1990.

Recentemente foi lançado no Brasil um box de DVDs com os episódios da série. Nem é preciso dizer que tem se esgotado rapidam
sente onde é vendido.








Spielvan 

Lançado no Brasil como Jaspion 2 a série foi exibida no Brasil no final dos anos 1980. 

Metalder


Exibido no Brasil em 1990 na TV Bandeirantes Metalder, produção de 1987 é ao lado de Kamen Rider Black é o melhor Tokusatu já criado. Misturava ação, drama e romance. Com enredo calcado na Segunda Guerra Mundial e personagens muitas vezes sombrios, não fez muito sucesso junto ao público infantil, mas até hoje é lembrado pelos que assistiram. O protagonista morre no final comovente da série. Infelizmente os direitos de Metalder foram comprados junto como de Spielvan pela produtora americana Saban (a mesma dos Power Rangers) para criar a série Troopers nos anos 1990, que nem se compara aos originais. 




Jiraiya

Ao lado de Jaspion e Changeman Jiraiya é com certeza a série mais popular entre os fãs do gênero. Com a baixa audiência de Metalder no Japão, a idéia da Toei era mudar radicalmente, tirando os monstros e colocando um herói mais humano e que mostrasse a cultura local (no caso o mundo dos ninjas).




Jiban, o Policial de Aço 

"Sou o Policial de Aço Jiban, do Serviço Secreto do Setor de Segurança!

Cláusula Número 1 da Lei biolon:
-O Policial de Aço Jiban tem o direito de prender qualquer criminoso, em qualquer circunstância, sem um mandato de prisão;

Cláusula Número 2:
-O Policial de Aço Jiban, quando considera um criminoso como Biolon, pode submetê-lo a uma pena pelo seu próprio julgamento;
-Anexo à Cláusula Número 2: Conforme a circunstância, é permitido até mesmo executá-lo;

Lançado no Japão em 1989 Jiban é uma cópia japonesa do Robocop, pegando carona no sucesso do tira de Detrot (até a arma pistola saindo da coxa ele tinha). Foi exibido no Brasil em 1990.

   Winspector


Um dos últimos tokusatus exibidos no Brasil. Como Jiban fez sucesso no Japão a Toei quis investir mais no gênero de policiais de armadura e criou Winspector. Era exibido nas manhãs da Manchete pelos idos de 1994 antes de Cavaleiros do Zodíaco. Alcançou relativo sucesso com um público mais novo que não lembrava dos heróis antigos, mas quem viu Jaspion e companhia não gostou. O grande mérito da série é trazer vilões humanos e focar mais os episódios nos dramas vividos pelos personagens que na ação em si. Geralmente o clímax dos episódios eram com um resgate.



Solbrain 


Continuação direta de Winspector com visual mais arrojado sendo exibido na Manchete em 1995.

                                      Exceedraft



A série que fecha a trilogia dos heróis de resgate iniciada em Winspector não foi exibida no Brasil. Assim como as anteriores não tem um vilão pricipal e ainda acrescentava temas atuais como poluição e catátrofes naturais. Foi lançada no Japão em 1992.



                                        Jamperson



Este nunca foi exibido no Brasil. Com a baixa audiência da série anterior, esta série retoma um pouco da temática já vista em Jiban, a do policial robô lutando contra monstros. É de 1993.

Outras séries inéditas no Brasil: 

                                       Blue Swat



De 1994, uma série com temática adulta

                                                                          B-Fighter

                                            1995 

                                 B-Fighter Kabuto


                                                     1996


Aos mestres com carinho

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