segunda-feira, 11 de maio de 2015

Batman & Robin: 18 anos


    "Após anos de paranoia Batman enfim supera seus traumas e cai no carnaval."  

    "Batman & Robin é um grande combinado vídeo game showroom de efeitos visuais e é conduzido com um tom indisfarçavelmente parecido com o da telessérie dos anos 60." 


     Lendo assim nem parece se tratar de um filme do Homem-Morcego, mas era dessa forma que Batman & Robin (1997) era saudado pela crítica (as frases acima são do jornal carioca O Dia). No quarto filme da franquia do herói, inciada em 1989, a Warner achou que era hora de dar uma amenizada no personagem. Depois do sucesso de Batman Eternamente (1995) - que por ordem do estúdio já trazia um tom mais leve e acrescentava humor ao universo de Batman (depois de um filme "pra baixo" como Batman, O Retorno os executivos da Warner queriam um filme para toda a família). No longa de 1997 o objetivo era fazer um filme que pudesse agradar em cheio ao público infantil e o próprio diretor, Joel Schumacher afirmou anos depois que uma empresa de brinquedos deu palpite no design das armas, do Batmóvel  e demais veículos do filme. 


       

     O resultado de tantas interferências e alterações no clássico personagens foi a péssima recepção dos fãs ao filme e nomes como Joel Schumacher e George Clooney se tornaram execráveis entre os bat-fãs. A Gotham City chegou a  ser comparada com um carro alegórico de escola de samba. O fiasco foi tão grande que por anos ninguém queria ouvir falar em um filme do Batman. Demorou oito anos para o vigilante de Gotham sair do limbo com Batman Begins (2005) e o resto é história. 
É, George Clooney já foi Batman...

Batman solto


      Na época foi feita uma gigantesca campanha de marketing que envolvia uma conhecida marca de cartões de créditos (Não saia da caverna sem ele), os já conhecidos brinquedos e todo tipo de produto que pudesse vender o longa. 


      E o elenco prometia: tinha desde Arnold Schwarzenegger como o vilão Senhor Gelo (o nome dele era o primeiro nos créditos) até George Clooney no papel do herói, passando por Alicia Silverstone, Chris O' Donnel como Batgirl e Robin passando por Uma Thurman e Vivica A. Fox. Era tanta vontade de encher a tela de personagens que o Bane, que nso quadrinhos quebra a coluna do Batman, foi mostrado apenas como um coadjuvante sem importância na trama interpretado pelo lutador Jeep Swenson, que faleceu em Agosto de 1997. 


         Olhando hoje depois de tantos anos até que Batman & Robin é exatamente o que se propõe: divertido, leve, engraçado. Claro, devemos fazer um esforço enorme para esquecer que é um filme do Cavaleiro das Trevas (?!!!?). Os fãs brasileiros têm um privilégio: a dublagem, engraçadíssima, que captou bem o espírito do filme. Se tiver disposição assista ao filme, ne, que seja para saber os caminhos que que o herói já trilhou nas telas antes de se tornar uma (quase) unanimidade. 

O Batmóvel de brinquedo, rs


Neste filme o Bane não passa de um capanga da Hera Venenosa (Uma Thurman)


Será que Ben Affleck será um Batman melhor que os anteriores? 
    














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